terça-feira, 3 de maio de 2011

É isso mesmo o que você quer?

Oie!

Pensei em falar sobre a escolha da host family (a família com a qual irá morar durante o período de intercâmbio)  neste segundo post, mas achei melhor destacar uma etapa (muito importante, diga-se de passagem) que acontece antes.

Por isso, vamos a algumas perguntinhas.

1.       Você acha que consegue ficar longe de sua família por um ou dois anos?
2.       Acredita ter uma mente aberta o suficiente para encarar novos costumes, manias e idéias?
3.       Conhece o seu país, no nosso caso o Brasil, o suficiente para poder fazer uma boa troca de culturas?
4.       Gosta de crianças?
E a pergunta que não quer calar:
5.       Você é paciente? MUITO PACIENTE?


No meu caso, minha resposta para todas as perguntas acima foi SIM. Pelo menos eu acreditava que era paciente. Na verdade, descobri que eu não era assim tão paciente, mas tive que me tornar. Para o bem da nação. E o meu também.

Uma das partes mais difíceis do processo foi convencer minha mãe de que eu era capaz de cuidar de crianças, que eu tinha responsabilidade suficiente para isso. Mas, confesso, dobrar a mulher não foi nada fácil.

Durante os meses que antecederam minha primeira viagem, eu sempre escutava frases do tipo:

“Você sabe que se você fizer qualquer coisa errada para as crianças você pode ser presa! Lá não é o Brasil! E eu não vou estar lá pra te ajudar.”

“Me diz como você quer cuidar de crianças se você não sabe cuidar nem de você mesma? E se você esquecer o horário do remédio delas? Você nunca lembra do seu mesmo...”

Sim, foi duro conviver com críticas e um certo apoio desmotivacional, mas bati o pé e disse que eu iria mesmo assim. Eu sabia que era responsável o suficiente. E a minha maior motivação era ter a certeza de que essa seria a oportunidade de estudar lá fora, afiar meu inglês, viver uma nova cultura, voltar ao Brasil e conseguir um bom emprego.

Olhando assim, tudo parecia lindo, maravilhoso. Um plano perfeito. Mas eu esqueci que não existe plano perfeito. E o ponto fraco do meu era apenas um: meu namorado.

Ah, por falar em namorado, faltou uma pergunta muitíssimo importante:

6.       Você deixaria seu namorado aqui ou terminaria com ele para encarar essa aventura?

Pense com cuidado. No meu caso, até pensei em desistir da viagem por causa dele. Mas o Senhor foi tão grande que iluminou sua cabeça para não aceitar minha desistência. Ele terminou comigo. Eu chorei horrores, emagreci da noite pro dia (parte boa da crise), fiquei acabada. Mas meu namorado, no caso ex, sabia que esse era meu sonho e deixou claro que não seria ele o responsável por impedir-me de realizá-lo. Ainda bem que não desisti.  Depois conto com mais detalhes esse dilema. ;)

Então se quiser encarar essa aventura, pese bem os prós e contras. Estabeleça metas. Saiba o que é melhor para sua vida, sua carreira. Caso decida ir, vá de mente e coração abertos para receber, aprender e ensinar muita coisa.  Vale muito a pena! Você vai adorar!

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